domingo, 28 de março de 2010
sábado, 27 de março de 2010
domingo, 21 de março de 2010
sábado, 20 de março de 2010
EuroTrip

Sinopse
Dos Produtores de ROAD TRIP – SEM REGRAS e DIAS DE LOUCURA!
Deixa-te levar pela Europa!
A Europa nunca mais será a mesma depois de Scotty Thomas e os seus amigos se aventurarem numa viagem sem limites!
Conhecendo fantásticos estrangeiros e entrando na maior insanidade possível, eles embarcam na mais louca aventura das suas vidas! Não há pretextos para negar seja o que for: O lema é “deixa-te levar” para mergulhar a fundo nos prazeres alucinantes que a Eurotrip oferece!
Dos Produtores de ROAD TRIP – SEM REGRAS e DIAS DE LOUCURA!
Deixa-te levar pela Europa!
A Europa nunca mais será a mesma depois de Scotty Thomas e os seus amigos se aventurarem numa viagem sem limites!
Conhecendo fantásticos estrangeiros e entrando na maior insanidade possível, eles embarcam na mais louca aventura das suas vidas! Não há pretextos para negar seja o que for: O lema é “deixa-te levar” para mergulhar a fundo nos prazeres alucinantes que a Eurotrip oferece!
domingo, 14 de março de 2010
Robert John Arthur Halford
Robert John Arthur Halford (Sutton Coldfield, Warwickshire, 25 de agosto de 1951) é um cantor inglês, segundo vocalista do Judas Priest. O primeiro, que não chegou a gravar nada com a banda, foi Al Atkins. 
Em 1992 ao deixar o Judas Priest, montou um projeto chamado Fight (também com Scott Travis), lançando dois álbuns de estúdio (War of Words), (Small Deadly Space) e um EP ao vivo (Mutations), Rob Halford também flertou com o new metal e o industrial com outro projeto pouco reconhecido (Two) que lançou apenas um álbum. No final da década de 90 entrou em uma bem sucedida carreira solo Halford (Ressurection), (Live Inssurrection), (Crucible). Após esses três bem sucedidos álbuns, Rob Halford anunciou sua volta ao Judas Priest. Lançando ainda em 2007 uma coletânea (Metal God Essentials : Part One)
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rob_Halford
http://vagalume.bol.uol.com.br/rob-halford/discografia/

Em 1992 ao deixar o Judas Priest, montou um projeto chamado Fight (também com Scott Travis), lançando dois álbuns de estúdio (War of Words), (Small Deadly Space) e um EP ao vivo (Mutations), Rob Halford também flertou com o new metal e o industrial com outro projeto pouco reconhecido (Two) que lançou apenas um álbum. No final da década de 90 entrou em uma bem sucedida carreira solo Halford (Ressurection), (Live Inssurrection), (Crucible). Após esses três bem sucedidos álbuns, Rob Halford anunciou sua volta ao Judas Priest. Lançando ainda em 2007 uma coletânea (Metal God Essentials : Part One)
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rob_Halford
http://vagalume.bol.uol.com.br/rob-halford/discografia/
Show Bar
LeAnn Rimes - Can't Fight The Moonlight
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The big screen and small screen
Kings Of Leon - Use Somebody
Kings Of Leon - Use Somebody
Kings Of Leon - Use Somebody (New)
Enviado por wonderful-life1989. - Videos de musica, clipes, entrevista das artistas, shows e muito mais.
Kings Of Leon - Use Somebody (New)
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sábado, 13 de março de 2010
When I Grow Up - Pussycat Dolls
When I Grow Up - Pussycat Dolls Remix VJ Marcos Franco
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PussyCat Dolls
Blur - Girls and boys
Blur - Girls and boys
Blur - Girls and boys (Live)
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Blur - Girls and boys (Live)
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domingo, 7 de março de 2010
Arte, Amor e Ilusão

Adam Sorenson (Paul Rudd) é um jovem que trabalha como segurança em um museu. Nele ele conhece Evelyn Ann Thompson (Rachel Weisz), pois ela infringiu duas normas internas: tirou fotografias de uma estátua e pulou o cordão de isolamento. Evelyn, que faz faculdade de Belas Artes, está pronta para fazer algo mais grave: pintar um grande pênis na estátua, pois não aceita arte falsa. Adam alega que é uma peça original, então ela diz que uma folha em gesso foi posta "em nome da moralidade" para cobrir os genitais da estátua e isto a transforma em uma peça falsa. Ao conversarem eles notam que se conheciam de uma locadora, onde Adam também trabalhava. Ele então a convida para jantar e logo os dois estão namorando. Em pouco tempo Phillip (Fred Weller) e Jenny (Gretchen Mol), um casal que é amigo de Adam, repara que Evelyn está mudando muito o modo dele ser, sem ninguém imaginar qual seria o motivo.
Turnê mundial do Guns N’ Roses estreia na América do Sul neste domingo com show no Nilson Nelson
07/03/2010
Aperte os cintos, anestesie o coração e solte a voz porque neste domingo (7/3) um Boeing chamando Axl Rose irá aterrissar no Ginásio Nilson Nelson. Na bagagem, a nova versão da banda que marcou toda uma geração de cabeludos de ambos os sexos: o Guns N’ Roses. O show que abre a turnê brasileira do álbum Chinese democracy está na estrada desde outubro de 2008. Depois de Brasília, o grupo californiano segue para Belo Horizonte (dia 10), São Paulo (13), Rio de Janeiro (14) e Porto Alegre (16). “Mal posso esperar para tocar com o Guns na América do Sul. Eu nunca fui ao Brasil, mas eu sempre sonhei em ir”, avisou o guitarrista DJ Ashba(1), o mais novo integrante da banda.
Mesmo sem Slash, o mítico guitarrista e parceiro da formação original e os outros membros — o também guitarrista Izzy Stradlin e o baixista Duff Mckagan — Axl e a nova versão do Guns N’ Roses prometem empolgar os fãs. “Com essa apresentação, Brasília entra, definitivamente, na rota dos grandes shows internacionais”, diz, entusiasmado, o empresário Rodrigo Amaral, responsável pela vinda do grupo à cidade.
A valer pelos últimos shows, o set list será demolidor. Além de canções do novo trabalho, como a polêmica faixa-título Chinese democracy, entram sucessos como You could be mine, November rain, Don’t cry, Paradise city e Sweet child o’mine. A baladona Patience, o grande hit das rádios dos anos 1980, tem tudo para protagonizar o ponto máximo da apresentação, cuja abertura, a partir das 20h30, fica a cargo do ex-vocalista do Skid Row Sebastian Bach. “A escolha não poderia ser melhor, porque tanto o Guns N’ Roses como o Skid Row marcaram época”, destaca Amaral. “Eles são grandes amigos”, emenda.
Depois de Porto Alegre, a banda tem shows marcados no Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Colômbia e Equador, onde a turnê termina em Quito, em primeiro de abril, no estádio olímpico Atahualpa.
1 - Integrantes
Atualmente, o novo Guns N’ Roses é formado pelos guitarristas Bumblefoot e Richard Fortus (também violão), Tommy Stinson (baixo), Chris Pitman (teclado e baixo) e Frank Ferrer. Desde março de 2009, o guitarrista DJ Ashba, vencedor seis vezes do Guitar Player Awards, é o mais novo integrante do grupo. Da formação antiga, de 1990, restam o vocalista Axl Rose e o tecladista Dizzy Reed.
O número
5 milhões
Cópias do CD Chinese democracy vendidas no mundo
Mesmo sem Slash, o mítico guitarrista e parceiro da formação original e os outros membros — o também guitarrista Izzy Stradlin e o baixista Duff Mckagan — Axl e a nova versão do Guns N’ Roses prometem empolgar os fãs. “Com essa apresentação, Brasília entra, definitivamente, na rota dos grandes shows internacionais”, diz, entusiasmado, o empresário Rodrigo Amaral, responsável pela vinda do grupo à cidade.
A valer pelos últimos shows, o set list será demolidor. Além de canções do novo trabalho, como a polêmica faixa-título Chinese democracy, entram sucessos como You could be mine, November rain, Don’t cry, Paradise city e Sweet child o’mine. A baladona Patience, o grande hit das rádios dos anos 1980, tem tudo para protagonizar o ponto máximo da apresentação, cuja abertura, a partir das 20h30, fica a cargo do ex-vocalista do Skid Row Sebastian Bach. “A escolha não poderia ser melhor, porque tanto o Guns N’ Roses como o Skid Row marcaram época”, destaca Amaral. “Eles são grandes amigos”, emenda.
Depois de Porto Alegre, a banda tem shows marcados no Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Colômbia e Equador, onde a turnê termina em Quito, em primeiro de abril, no estádio olímpico Atahualpa.
1 - Integrantes
Atualmente, o novo Guns N’ Roses é formado pelos guitarristas Bumblefoot e Richard Fortus (também violão), Tommy Stinson (baixo), Chris Pitman (teclado e baixo) e Frank Ferrer. Desde março de 2009, o guitarrista DJ Ashba, vencedor seis vezes do Guitar Player Awards, é o mais novo integrante do grupo. Da formação antiga, de 1990, restam o vocalista Axl Rose e o tecladista Dizzy Reed.
O número
5 milhões
Cópias do CD Chinese democracy vendidas no mundo
sábado, 6 de março de 2010
Pitty

Entrevista
Tirando o disco ao vivo esse é o seu primeiro disco em quatro anos. Você tinha planejado dar esse tempo maior entre os discos ou foi algo que fugiu do seu controle?
Não fugiu do meu controle, foi uma opção, uma escolha. Preferi aproveitar a boa onda em que estava com a turnê do DVD e deixar pra gravar quando tivesse mais conteúdo. É terrível essa obrigatoriedade que impõem ao artista de que ele tem que gravar todo ano, mesmo que seja um revival do disco anterior. Pra mim é significativo gravar um disco quando se tem algo relevante a dizer.
Nesse tempo você compôs bastante ou as faixas do Chiaroscuro são mais ou menos recentes? Sobraram canções inéditas dessas sessões?
Escrevi algumas coisas, mas a vida na estrada consome muito tempo e energia. Escrevo mais e melhor nos momentos de ócio. A maioria das músicas do Chiaroscuro foram feitas quando fiz uma pausa após a turnê do DVD, outras eu resgatei dos meus cadernos. Sobraram algumas, sempre tem coisa escrita e não usada. Um verso, uma melodia, um riff. Se ainda me lembrar deles daqui a um tempo, merecem virar música.
Pra você o que esse disco traz de diferente em relação aos anteriores? O seu estilo do compor ou cantar mudou em alguma coisa?
O jeito de compor, tocar, cantar, pensar, viver é um processo evolutivo e sem volta. Sempre tem algo diferente pra descobrir e aprender. As coisas que escutei, li e acumulei durante esse tempo deram as caras nesse disco, e por isso as diferenças. Descobri o poder da sutileza, da ludicidade, do mistério. Aprendi a rechear as canções com elementos distintos, timbres ainda não usados.
O cd também dá a impressão de que você andou assimilando outras influências no seu som. "Me Adora" parece ter um lance meio Ronettes. Tem a ver? Tem alguma outra nova influência que foram mais fortes na hora de fazer as novas músicas?
Total Ronettes. Be My Baby, pra ser bem exata, e todas as gravações do Phil Spector, com aqueles coros e reverb de mola, bem old school. Outras coisas que aparecem ali tem a ver com música clássica - em Água Contida eu até cito a Habanera de Carmem (da ópera de Bizet). Nos últimos anos escutei muita coisa que prioriza a textura como Last Shadow Puppets, Morrisey, Scarlett Johansson, e isso de alguma forma deve ter mexido comigo porque nesse disco não falta textura. E todas as outras coisas que já escutava antes também tem seu lugar; as novas somente se somam as anteriores sem que elas se anulem.
Por falar em Me Adora, ela foi visualizada mais de 120 mil vezes no Vagalume no mês passado. Fale um pouco sobre ela pra gente. Você de primeira sacou que ela poderia ser o primeiro hit do álbum?
Não saquei e no primeiro momento nem achei que ela deveria ser a primeira. Não a considero a síntese do disco, e achei que isso poderia confundir. Por outro lado - e isso fez com que me decidisse- não havia uma só pessoa que não a escutasse na pré-produção e não saísse cantarolando a melodia, e todos vinham comentar comigo a respeito da letra. Cheguei a conclusão de que se alguém se limitasse a tirar o disco por uma música, azar o dele, porque as músicas são bem diferentes entre si. E valia o desafio de chegar depois de quatro anos com algo diferente, sendo que o que impera é a mesmice de sempre que ninguém aguenta mais. É preciso coragem, das bandas, dos veículos, do público, do contrário nada se movimenta. E o resultado foi melhor do que eu esperava, tem sido a coisa mais divertida do mundo tocar essa música ao vivo.
O seu caso é curioso, porque você surgiu já na era dos downloads, mas acabou aparecendo para o grande público por meio das mídias mais tradicionais como televisão e rádio. Seria você uma das últimas estrelas "moda antiga" do nosso pop?
Não sei, pode ser. Eu sou old school mesmo, eu divulgava a minha primeira banda enviando fitas demo com capinha de xerox para fanzines de papel! Não havia internet, era correio e paciência.
O que você vê de bom e ruim nessa nova ordem onde as bandas surgem e se divulgam bem mais pela net do que pelas vias " tradicionais"?
O bom é a possibilidade democrática de qualquer um chegar ali e montar um site, disponibilizar as músicas, etc. O ruim é o mesmo, salvo as devidas proporções. Do mesmo modo que a internet se tornou um espaço pra quem tem um trabalho bacana, com qualidade, também se tornou o triunfo do amador. Não há critérios. O julgamento fica então, a cargo de quem escuta, gosta ou não.
Você também foi provavelmente a figura feminina que mais impacto causou no nosso rock nessa década. Você sente que influenciou o estilo de vida ou o visual de seus fãs?
Sinto somente porque eles me contam, ou outras pessoas me chamam a atenção para isso. Não fosse assim e eu acharia tão somente que estava lidando com pessoas que partilham dos mesmos gostos e interesses que eu.
E como é o seu relacionamento com eles? Você curte bater papo com fãs na rua, depois dos shows ou mesmo via blog ou twitter?
Alguns fãs se tornaram verdadeiros amigos. É gente que tem assunto em comum, gosta de ler, admira arte como nós aqui. Já outros gostam do meu som mas não tem absolutamente nada a ver comigo, e a grande lição foi aprender a lidar com esses também. Me dou ao direito de dispensar o pouco tempo disponível que tenho as pessoas que me alimentam, que são todos eles. A comunicação via Twitter tem sido um trunfo, embora eu não consiga ler todas as mensagens, sei que ali posso falar diretamente com as pessoas.
O Brasil tem uma tradição de cantoras, mas as roqueiras são poucas. Você acha que o fato de ser roqueira (e também da Bahia) ajudou ou complicou o deslanchamento da sua carreira?
Acho que foi um diferencial, o fato de ser mulher tocar rock. Mas não é só isso que conta; volta e meia tentam empurrar goela abaixo a nova banda feminina do momento e não dá em nada. Tem que ser espontâneo e natural, verdadeiro. Não que não existam, eu conheço muitas meninas que tem banda e que são completamente verdadeiras. Deve ter a ver com o momento também.
Como você imagina a próxima década para você e para o rock brasileiro? Você é de fazer planos a longo prazo?
Não sou de fazer planos a longo prazo, e diante do cenário atual é melhor nem arriscar. O que vejo hoje nos grandes meios de comunicação é bem desestimulador, é uma apatia geral, uma falta de coragem pra se posicionar, um bom-mocismo sacal. Enquanto isso, no submundo, as coisas fervem.
E a nova turnê? Quando ela começa e como ela vai ser?
Ela já começou. Para quem quiser saber das datas é só olhar nossa agenda no www.pitty.com.br
A turnê do Chiaroscuro segue o conceito do disco, com palco, iluminação e até figurino convergindo para esta idéia de dualidade, contraste, preto e branco. Tocamos algumas músicas antigas também, mas priorizamos as músicas novas.
Pra encerrar, o que você anda ouvindo, lendo e assistindo?
Tô numa correria enorme, tem sobrado pouco tempo para isso, mas vamos lá: ouvindo o disco novo do Morrissey que é um absurdo de bom; lendo o Chega de Saudade do Ruy Castro e assistindo nada.
Fonte:http://vagalume.uol.com.br/especiais/entrevista-pitty-2009.html
Tirando o disco ao vivo esse é o seu primeiro disco em quatro anos. Você tinha planejado dar esse tempo maior entre os discos ou foi algo que fugiu do seu controle?
Não fugiu do meu controle, foi uma opção, uma escolha. Preferi aproveitar a boa onda em que estava com a turnê do DVD e deixar pra gravar quando tivesse mais conteúdo. É terrível essa obrigatoriedade que impõem ao artista de que ele tem que gravar todo ano, mesmo que seja um revival do disco anterior. Pra mim é significativo gravar um disco quando se tem algo relevante a dizer.
Nesse tempo você compôs bastante ou as faixas do Chiaroscuro são mais ou menos recentes? Sobraram canções inéditas dessas sessões?
Escrevi algumas coisas, mas a vida na estrada consome muito tempo e energia. Escrevo mais e melhor nos momentos de ócio. A maioria das músicas do Chiaroscuro foram feitas quando fiz uma pausa após a turnê do DVD, outras eu resgatei dos meus cadernos. Sobraram algumas, sempre tem coisa escrita e não usada. Um verso, uma melodia, um riff. Se ainda me lembrar deles daqui a um tempo, merecem virar música.
Pra você o que esse disco traz de diferente em relação aos anteriores? O seu estilo do compor ou cantar mudou em alguma coisa?
O jeito de compor, tocar, cantar, pensar, viver é um processo evolutivo e sem volta. Sempre tem algo diferente pra descobrir e aprender. As coisas que escutei, li e acumulei durante esse tempo deram as caras nesse disco, e por isso as diferenças. Descobri o poder da sutileza, da ludicidade, do mistério. Aprendi a rechear as canções com elementos distintos, timbres ainda não usados.
O cd também dá a impressão de que você andou assimilando outras influências no seu som. "Me Adora" parece ter um lance meio Ronettes. Tem a ver? Tem alguma outra nova influência que foram mais fortes na hora de fazer as novas músicas?
Total Ronettes. Be My Baby, pra ser bem exata, e todas as gravações do Phil Spector, com aqueles coros e reverb de mola, bem old school. Outras coisas que aparecem ali tem a ver com música clássica - em Água Contida eu até cito a Habanera de Carmem (da ópera de Bizet). Nos últimos anos escutei muita coisa que prioriza a textura como Last Shadow Puppets, Morrisey, Scarlett Johansson, e isso de alguma forma deve ter mexido comigo porque nesse disco não falta textura. E todas as outras coisas que já escutava antes também tem seu lugar; as novas somente se somam as anteriores sem que elas se anulem.
Por falar em Me Adora, ela foi visualizada mais de 120 mil vezes no Vagalume no mês passado. Fale um pouco sobre ela pra gente. Você de primeira sacou que ela poderia ser o primeiro hit do álbum?
Não saquei e no primeiro momento nem achei que ela deveria ser a primeira. Não a considero a síntese do disco, e achei que isso poderia confundir. Por outro lado - e isso fez com que me decidisse- não havia uma só pessoa que não a escutasse na pré-produção e não saísse cantarolando a melodia, e todos vinham comentar comigo a respeito da letra. Cheguei a conclusão de que se alguém se limitasse a tirar o disco por uma música, azar o dele, porque as músicas são bem diferentes entre si. E valia o desafio de chegar depois de quatro anos com algo diferente, sendo que o que impera é a mesmice de sempre que ninguém aguenta mais. É preciso coragem, das bandas, dos veículos, do público, do contrário nada se movimenta. E o resultado foi melhor do que eu esperava, tem sido a coisa mais divertida do mundo tocar essa música ao vivo.
O seu caso é curioso, porque você surgiu já na era dos downloads, mas acabou aparecendo para o grande público por meio das mídias mais tradicionais como televisão e rádio. Seria você uma das últimas estrelas "moda antiga" do nosso pop?
Não sei, pode ser. Eu sou old school mesmo, eu divulgava a minha primeira banda enviando fitas demo com capinha de xerox para fanzines de papel! Não havia internet, era correio e paciência.
O que você vê de bom e ruim nessa nova ordem onde as bandas surgem e se divulgam bem mais pela net do que pelas vias " tradicionais"?
O bom é a possibilidade democrática de qualquer um chegar ali e montar um site, disponibilizar as músicas, etc. O ruim é o mesmo, salvo as devidas proporções. Do mesmo modo que a internet se tornou um espaço pra quem tem um trabalho bacana, com qualidade, também se tornou o triunfo do amador. Não há critérios. O julgamento fica então, a cargo de quem escuta, gosta ou não.
Você também foi provavelmente a figura feminina que mais impacto causou no nosso rock nessa década. Você sente que influenciou o estilo de vida ou o visual de seus fãs?
Sinto somente porque eles me contam, ou outras pessoas me chamam a atenção para isso. Não fosse assim e eu acharia tão somente que estava lidando com pessoas que partilham dos mesmos gostos e interesses que eu.
E como é o seu relacionamento com eles? Você curte bater papo com fãs na rua, depois dos shows ou mesmo via blog ou twitter?
Alguns fãs se tornaram verdadeiros amigos. É gente que tem assunto em comum, gosta de ler, admira arte como nós aqui. Já outros gostam do meu som mas não tem absolutamente nada a ver comigo, e a grande lição foi aprender a lidar com esses também. Me dou ao direito de dispensar o pouco tempo disponível que tenho as pessoas que me alimentam, que são todos eles. A comunicação via Twitter tem sido um trunfo, embora eu não consiga ler todas as mensagens, sei que ali posso falar diretamente com as pessoas.
O Brasil tem uma tradição de cantoras, mas as roqueiras são poucas. Você acha que o fato de ser roqueira (e também da Bahia) ajudou ou complicou o deslanchamento da sua carreira?
Acho que foi um diferencial, o fato de ser mulher tocar rock. Mas não é só isso que conta; volta e meia tentam empurrar goela abaixo a nova banda feminina do momento e não dá em nada. Tem que ser espontâneo e natural, verdadeiro. Não que não existam, eu conheço muitas meninas que tem banda e que são completamente verdadeiras. Deve ter a ver com o momento também.
Como você imagina a próxima década para você e para o rock brasileiro? Você é de fazer planos a longo prazo?
Não sou de fazer planos a longo prazo, e diante do cenário atual é melhor nem arriscar. O que vejo hoje nos grandes meios de comunicação é bem desestimulador, é uma apatia geral, uma falta de coragem pra se posicionar, um bom-mocismo sacal. Enquanto isso, no submundo, as coisas fervem.
E a nova turnê? Quando ela começa e como ela vai ser?
Ela já começou. Para quem quiser saber das datas é só olhar nossa agenda no www.pitty.com.br
A turnê do Chiaroscuro segue o conceito do disco, com palco, iluminação e até figurino convergindo para esta idéia de dualidade, contraste, preto e branco. Tocamos algumas músicas antigas também, mas priorizamos as músicas novas.
Pra encerrar, o que você anda ouvindo, lendo e assistindo?
Tô numa correria enorme, tem sobrado pouco tempo para isso, mas vamos lá: ouvindo o disco novo do Morrissey que é um absurdo de bom; lendo o Chega de Saudade do Ruy Castro e assistindo nada.
Fonte:http://vagalume.uol.com.br/especiais/entrevista-pitty-2009.html
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